domingo, 28 de março de 2010

o Porquê de Feminismo

Feminismo por oposição ao machismo, por reivindicar a igualdade de género ao invés da desigualdade, porque um F faz pensar, em vez do M que conforma, porque as mulheres merecem ver reconhecido a constante abreviação do seu papel na História, por não terem tido direitos, por não poderem existir.
Porque é que repudio o cavalheirismo? porque transporta para o sexo masculino o carácter de cavalheiro, lhe atribui esse papel, estatuto, essa qualidade.. e o sexo feminino tratado como mero intermediário de posse neste sistema linear, o alvo do cavalheirismo do homem; porque cavalheirismo é um termo antigo, referente a um conceito ainda mais antigo.
Todas as mulheres e homens deveriam ser "cavalheiros" por demonstrarem atenção perante outras mulheres e homens, e apenas isso, porque troco a palavra por Humanismo e porque, sou Humano

sábado, 13 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

e se...

tudo aquilo para que lutei durante anos é posto em causa num momento de medíocre racionalidade e atirado pela janela?
se me auto-discrimino e escondo aquilo que sou na realidade por um temor pouco racional?
e se depois de percorrer toda a maratona volto novamente para o ponto do qual parti? para o armário..

bem, foi assim que me senti naquele estúpido dia em que questionam a minha intimidade e o Pedro em vez de racionalmente dar um pontapé no conservadorismo, escondeu uma realidade e compactuou com a perpetuação de um preconceito, no momento seguinte senti-me valer menos que nada, e apesar de gestualmente fazer tudo para dar a entender, não fui capaz de dizer: "olha por alguma estúpida razão menti a respeito daquele assunto"

agora penso já estar explícito mas, faltei à verdade para comigo mesmo e tenho mágoa disso mesmo

terça-feira, 2 de março de 2010

depois do que não aconteceu sinto-me tristemente esclarecido

E assim me perco
na intemporal idade com que este embalo me ilude o desfasamento entre a ilusão e a dimensão vivencial desvanece-se, enfraquece até que me permite ver, sim, aqueles critério, aqueles critérios que aspirava poder comprovar num outro ser humano mostram-se agora por mim validados, sentido o viéz que este corpo induz na minha trajectória sensitiva, qual rede gravítica que se apodera de um desconhecido cometa e nele faz incidir a sua força, o calor do seu âmago, animando-o ao êxtase e soltando-o seguido ao efémero encanto, pelas trevas mortas e frias, pobres no abraço que aquele melancolicamente anseia