quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

30 de Janeiro de 2009


Hoje tive uma experiência visual, sensitiva, sentimental e cognitiva, se as quisermos distinguir da última. Chama-se AVATAR e sem sombra de dúvida que marca um novo padrão na história do cinema. Parte desta experiência foi vivida a dois tempos, ou melhor, foi vivida a 4D, tendo visto o filme em 3D e cruzando-o com as concepções mentais por mim engendradas para um romance cientifico pensado para ser escrito este ano e que, curiosamente se assemelha ao que hoje assisti. Gostei do que vi e compreendi o propósito de cada ponto chave que fui capaz de interceptar, portanto avançarei às semelhanças e dissonâncias entre a minha idealização e esta surpresa. 

O Planeta, sim, é um planeta secundário em órbita de um gigante gasoso, uma espécie de Júpiter, mas delegado do Barclays Bank. A superfície é semelhante à nossa, mas as formas de vida algo diferentes. A bioluminescência abunda nos ambientes, tanto no reino Plantae como no Animalia, terá sido uma artimanha do realizador para nos iluminar naturalmente a cena que decorre durante a noite? Claro que não, ou pelo menos se sim, esta foi trabalhosamente disfarçada, já que também está presente de dia e é fulcral para a mensagem, a todos os níveis da palavra, transmitida por esta(s) "estranha(s) forma(s) de vida". Esta abundante actividade bio e electro-química pareceu-me dever-se à presença de um mineral curioso, e que não sei bem porquê atraía a ganância de mercenários, que salivavam sofregamente o seu valor monetário.

 Os seus habitante e em especial a Espécie primata bípede nativa, evoluíram favorecendo uma endossimbiose entre estes humanóides, equídeos e uns répteis voadores que não cospem fogo e que permitem uma ligação neurótica por uma terminação nervosa na terminação da medula espinal, entre os intervenientes. Algo como uma Matrix e que curiosamente representa outra forma de ligação entre estes seres e os seres humanos, avatars, intermediários usados nas relações diplomáticas com os nativos bípedes.

É interessante a forma como a nossa civilização permite que seja uma empresa com recurso a métodos questionáveis motivada pelo propósito do lucro a explorar os recursos de um planeta, sob a égide de um exército (será um contigente da força militar de algum estado?) e representando por lá a nossa espécie da forma que mais lhe convém. Este é para mim um ponto chave que demonstra um espírito americanista demasiado explícito no filme, mas sem o qual não haveria trama, portanto é uma escolha lógica que de qualquer forma me levou a pensar, (tal como no Alien, Moon, The Island) " e se um dia a nossa espécie se tornar vulnerável a este tipo de controlo exercido por um grupo de indivíduos desrespeitando resgras de ética", depois descansei por me recordar de que tal já acontece.

 A Mensagem Moral que o filme transmite em relação aos propósitos do Homem desde a sua história continua intemporal e torna-se mais importante mesmo ainda não tendo tecnologia para explorar recursos dos outros planetas, pois são tão notórios e implacáveis os estragos que a política do explorar à exaustão um local e continuar a fazê-lo noutro, que é de facto exigida uma reflexão ao público e a todos os indivíduos da nossa sociedade no geral.

A Futurologia não vai muito além dos avatars (como se isto já não fosse gradioso), os sistemas de propulsão e as munições, os engenhos bélicos, tudo me pareceu possível mesmo com a tecnologia actual, mas talvez também pelo facto da história não se projectar num futuro tão distante, apesar de não me recordar da data ao certo, no entanto o conceito de telequinesia ou seja lá como for que controlam os Navi tem tanto de fantástico como de plausível, um conceito também abordado pelo Matrix ou por um outro filme actualmente em exibição, "Os Substitutos".

E por fim, a mítica e derradeira mensagem de que a tecnologia no poder que confere, não será capaz de mais do que cegar aquele que dela se serve, e que toda a beleza da realidade se torna inacessível em que não mantiver uma mente aberta (ver este clipe) ou for capaz de explorar a aparente simplicidade através da qual a natureza se protege.

E também a mensagem de que esta é capaz de muito mais do que a maioria pensa possível, afinal foi ela que nos criou, foi através do seu equilíbrio que nos desenvolvemos e contraditoriamente ameaçamo-lo agora diáriamente e, conscientemente (será?).

5 comentários:

  1. Bem, tb ja vi o filme e que dizer?

    Como biólogo, nao o poderia axar mais ridiculo!
    Como critico de cinema, nao o poderia axar mais que um desespero da industria cinematografica para atrair publico ao cinems (s bem k esse mal ja é antecedente e n s restringe ao "avatar")
    Como ambientalista, considero o filme um melodrama, ao qual já nos habituamos a mto a ver em decomentarios.

    Resumindo, axei k o filme dá para s passar um belo serao num dia de xuva sem nada para s fazer em casa. D resto ... nada d especial.

    Aquilo é a versao actualizada do filme "pocahontas"

    É importante cuidar do ambiente, dos seres vivos que neste mundo habita, mas eles abusaram e quem sabe se nao desvalorizaram o esforço que hoje em dia se faz (apesar de pouco) para proteger o planeta!

    Enfim ... comentario algo po negativista xD

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  2. sim percebo, mas de qualquer forma.. eu gostei bastante do filme e revi-me imenso
    quando ao seres biólogo, não sei se sabes mas no nosso planeta existe bioluminescÊncia..

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  3. mas também com esse olhar etnocêntrico, também a ficmas também com esse olhar etnocêntrico, também a ficção ciêntifica não faz sentido

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  4. Nao! Eu nao me referia à bioluminescencia!
    É obvio que eu sei k isso existe!
    Tou a estudar para ser biologo ....

    Referia me a outras coisas como interaçoes entre os seres e aquela arvore ... nem comento!

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