sábado, 14 de agosto de 2010

sinto-me um outsider

por várias vezes sou sujeito a tentativas de definição tanto minhas como de outras pessoas, em relação à minha individualidade
poderia dizer-se que sou gay por uma atracção que detenho, a atracção por homens.
Para muitos a minha individualidade estava já definida, afinal "nós" somos um grupo homogéneo..
quando confrontados com o meu vegetarianismo, muitos consideram que é um argumento corroborador da definição em questão, mas quando falo em ficção científica as sinápses começam a sobreaquecer, adiciono o software open-source e é mais fácil rotular-me como nerd, mas os nerds deviam gostar de computadores e ciência, e eu gostando de homens terei de ser necessariamente um geek virado. Que seja! Mas não tenho muita gente com quem me identifique, aliás, às vezes dou por mim com dificuldades de sociabilidade, o que põe em causa o meu estatuto de geek (nerd que socializa) acho que estou num limbo de personalidade, meio indefinível, meio incompatível, só me falta ouvir Sia e começar a colar mais em moda para passar a ser coisa alguma

16 comentários:

  1. Acho que toda a gente se sente um outsider de vez em quando.

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  2. e que tal deixares os rótulos de lado?

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  3. Speed, eu não é que tenha uma fantasia por rótulos, mas eles ajudam.nos a enquadrarmo-nos no quotidiano, a orientarmo-nos e a identificarmo-nos com outros..

    Sweet taste*, um grande beijinho*

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  4. Haha, benvindo ao grupo Pedro xD

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  5. DeiXa de te identificar com quem quer e com o que seja, deixa-te seguir pele teu próprio TU!
    Deixa que sejam os outros a identificarem-se contigo!
    Have a nice week! :)

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  6. ahm, em que é que isso muda, só troca a ordem dos papéis, o problema manté-se man

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  7. O bom de não se ser extremamente igual a uma definição do que quer que seja é que não estás restringido a dar-te somente com um grupo de pessoas. Podes identificar-te com mais do que um tipo de pessoa.
    Isto de viver por grupos não é para mim.
    Porque não seres o elo de ligação entre "culturas urbanas" diferentes? :D

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  8. sim percebo, e na verdade não procuro muitos moldes tentando agir naturalmente, acho que os nossos comportamentos não existem para ser agrupados ou classificados, mas era bom que o fossem pois então podíamos escolher com melhor rigor pessoas que nos vão ou não agradar, a verdade é que acontece-me sempre isso com as pessoas, encanto-me por elas, apercebo-me das suas fraquezas humanas e pronto, ganho mais um inimigo

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  9. Viver num grupo, exteriorizando-se dele por vezes é a melhor solução. Irá permitir uma reconstrução constante do "eu", sem rótulos e sem sentidos.

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  10. A rotulagem, muitas vezes colada a cuspo, não nos limita só a nós como também aos outros. A organização e a escalonização é útil, mas não no que diz respeito às relações humanas. Até que ponto faria sentido agrupar constantemente as pessoas em pequenas categorias, sejam elas relativas a orientações sexuais, actividades lúdicas ou interesses culturais? Qual seria a graça de podermos escolher com quem pertendemos criar laços como quem vai a um arquivo com designações de A a Z e saca daquilo que é mais apelativo?

    Se assim fosse, e eu já cometi o erro de o fazer, ser-nos-ia impossível pensar fora da caixa. E a piada está mesmo nisso, em pensar fora da caixa, em correr 'riscos' (calculados, a maioria) e abrir a nossa existência não só para aquilo que nos é familiar e seguro, mas também aos outros, que se calhar não gostam tanto de ciência, computadores e rapazes quanto tu/eu/nós.

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  11. df082tb, deves ter sido o comentante que mais me inspirou em referência a esta publicação. Ora, entendo perfeitamente o que queres dizer e sim, concordo em certa medida com o que estás a dizer, vou tentar exactamente isso*

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  12. Oh, sinto-me a modos que lisonjeado (ou algo do género, mas com positivismo idêntico) :) Enfim, certamente que isso só contribuirá para que te tornes ainda melhor pessoa do que aquilo que certamente já és.

    Comigo não sei se resultou, mas vá, ao menos sei que me permitiu tornar mais pragmático e menos céptico em relação a muitas (imensas) coisas, principalmente no que diz respeito a bloqueios relaccionais devido a mesquinhices e juízos de valores frívolos.

    Arrivederci**

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  13. df, ora pois bem, que a satisfação seja mutua, em breve espero publicar algo mais que aguce o teu interesse, e nessa altura poucos dos nossos probleminhas já tenham sido atenuados

    kiss

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  14. Que assim seja. Certifico-te que esperarei atentamente por mais uma publicação tua, já que a estimulação do pensamento e do espírito crítico é actividade que deve ser fomentada e que, quando despoletada por outro, adquire uma dimensão nem melhor, nem pior, mas diferente, livre de falsas pretensões e monólogos bacocos.

    kisskiss(bangbang)

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